BPP, Porto 29 de Dezembro de 2009
Pediram-me ontem do Diário Económico que fosse até á sede do BPP no Porto para fotografar a ocupação do banco pelos clientes, que durava hà um dia.
Quando lá cheguei a policia estava a acabar de os pôr cá fora. Na minha forma de ver as coisas, parece-me existir alguma contradição na forma de actuar das autoridades. Afinal, a administração do BPP roubou o dinheiro dos clientes, desapareceu com as poupanças que estes lá colocaram e agora não as devolve. No entanto, é o ladrão que telefona para a policia a pedir para que as vitimas sejam postas fora. Quem sabe, os clientes poderiam danificar algum tapete de luxo, ou até pensar em fugir com alguma das telas valiosas que por lá existem (ou existiam, uma vez que é provavel que até isso os administradores do banco tenham levado com eles).
Para mim, a policia devia ajudar os clientes a entrar no banco e até ajudá-los a carregar tudo o que de valioso lá possa existir, para amenizar as perdas que sofreram.
Estou a imaginar o telefonema do banco para a policia : "Ó senhor gaurda, venha cá se faz favor! É que eu roubei o dinheiro destes senhores e agora eles não param de me chatear! Tire-os da minha vista por favor! Que melgas! Venha depressa Sr. agente!"
1 comentário:
Deve ser aquela miragem portuguesa a que alguns chamam Estado de Direito, isto é o país coutada de advogados-políticos, de políticos-advogados e dos grupos financeiros, todos ao serviço um dos outros.
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